Entendendo o Laos

7 de maio de 2016

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Entendendo o Laos 

Período viajado: Outubro/2015

Como diz o ditado popular, “a primeira impressão é a que fica……”, e a minha primeira impressão do Laos não poderia ter sido melhor. Retornei de viagem completamente APAIXONADA por esse pequeno/grande país. Pequeno em população pois são apenas 6 milhões de habitantes, e imenso principalmente em belezas naturais e culturais.

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Uma natureza inexplorável! (Foto: Soraya Resende)

Acho que essa paixão arrebatadora, deu-se pela forma encantadora que fui recebida. O “povo” do Laos é o maior patrimônio do país. São simpáticos, calmos e acima de tudo muito felizes, ainda que tenha marcado em sua história, dias sangrentos da Guerra Civil do Laos, há cerca de 60 anos atrás.

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Uma simpatia de roubar qualquer coração! (Foto: Mauricio Resende)

O Laos ou Laus, oficialmente República Democrática Popular Lau, uma república socialista de partido único, fica localizado na Indochina, Sudoeste Asiático, limitando-se ao norte com a China, ao leste com o Vietnã, ao sul com o Camboja, e ao sudoeste com a principal potência turista da região, a Tailândia, sendo o único país da região há não ter acesso ao mar.

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Sudoeste Asiático (Imagem: Google Maps)

A capital política e econômica do país é a cidade de Vientiane, mas é em Luang Prabang, a encantadora cidade ao norte da capital, que os poucos e sortudos turistas estrangeiros que visitam o país, não mais de 20 mil por ano, encontram as verdadeira belezas do Laos, considerada desde 1995 Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

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Uma cidade que mantém as características interioranas. (Foto: Soraya Resende)

O Laos é conhecido desde a antiguidade como “Reino dos Um Milhão de Elefantes”. Pena que hoje, depois de tantas matanças, não restam tantos, não mais de 3.000.

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No Elephant Village, Luang Prabang (Foto: Soraya Resende, selfie)

A região mantém exotismo capaz de torná-la, sem exageros, um dos pontos altos de viagens ao Sudeste Asiático. Monges com vestimentas cor de açafrão, vastos arrozais e uma combinação perfeita entre a arquitetura francesa e as construções tradicionais desta ponta da Ásia, criando um cenário único, ainda praticamente intocado.

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Cerimônia “Ronda das Almas”, em Luang Prabang (Foto: Soraya Resende)

Embora o Laos não tenha combatido diretamente na Guerra do Vietnã, o país foi fortemente atacado na região das suas fronteiras e recebeu muitas bombas despejados de aviões que sobrevoavam seu território. Foi o país mais bombardeado na história das guerras modernas da região, recebendo até hoje ajudas financeira internacionais para retirada de minas.

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Feira em Luang Prabang (Foto: Soraya Resende)

Hoje, enquanto o Camboja sofre com fortes divisões internas, e o Vietnam vem se tornando um país cada vez mais industrializado, o Laos parece satisfeito em manter-se alheio às influências da vida moderna, enquanto tenta transformar-se no país mais estável da região, mesmo com uma economia discreta, baseada na agricultura de subsistência.

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No clima do Laos (Foto: Soraya Resende)

Posso afirmar que o Laos foi a melhor surpresa da região, a verdadeira cereja do bolo, e olha que cereja!!!! Em viagens diferentes, visitei na região a Tailândia, Vietnã, Camboja, mas o Laos, ahhhh o Laos…….foi o lugar que conquistou o meu coração. Um país acolhedor. Um país fascinante. Um país ENCANTADOR!!!! #FicaDica

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Kuang Si Falls (Foto: Soraya Resende)

Nossa viagem:
Por tratar-se de uma viagem mais exótica, e com um idioma incompreensível para nós brasileiros, preferi sair do Brasil com a viagem já toda organizada, e confesso que valeu super a pena. Contratei todos os serviços através da empresa “Trails of Indochina”, baseada no Vietnã. Fantástica!!! Hotéis bem selecionados, guias pontuais e super prestativos, com carros confortáveis. Havia toda a privacidade e liberdade por ter escolhido a opção “privativa do roteiro”, o que proporcionou um enorme conhecimento e aproveitamento do destino. Financeiramente falando, sem dúvida uma viagem no modelo “privativo”, acaba saindo mais caro, mas considerando essa região do mundo, a Indochina, tudo é muito barato. Então o que pagamos a mais, valeu BASTANTE pelo conforto que tivemos.

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Pak Ou Caves, Rio Mekong (Foto: Soraya Resende)

Nessa mesma viagem, visitamos o Vietnã e o Camboja. Segue roteiro:

 

  • No Vietnã: Clique AQUI para saber mais sobre o VIETNÃ
    • 2 noites em Hanói – Clique AQUI para saber mais sobre Hanói
    • 1 noite em Halong Bay – Clique AQUI para saber mais Halong Bay
    • 2 noites em Hoian – Clique AQUI para saber mais Hoian
    • 1 noite em Hue – Clique AQUI para saber mais Hue
    • 2 noites em Saigon – Clique AQUI para saber mais Saigon
  • No Camboja: Clique AQUI para saber mais sobre o CAMBOJA
    • 3 noites em Siem Reap. Clique AQUI para saber mais sobre Siem Reap
  • No Laos:
    • 3 noites em Luang Prabang
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O simbolo de um país!!! (Foto: Soraya Resende)

Como Chegar:
Utilizamos a Cambodia Angkor Air para chegar a Luang Prabang, voando desde Siem Reap (Camboja), simples, mas confortável.

Não existem vôos diretos desde o Brasil para qualquer cidade nessa região da Indochina, sempre havendo a necessidade de fazer alguma ou algumas conexões. As companhias aéreas mais utilizadas para viagens para a Ásia são: Qatar Airways, fazendo conexão em Doha; Emirates Airlines, saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, com conexão em Dubai, ou a Etihad Airways via Abu Dhabi. Algumas cias. aérea europeias também voam para a Ásia, chegando por Hanói, Saigon (Ho Chi Minh City) ou Bangkok. A principal rota de vôo para chegar a Luang Prabang, é via Bangkok (Tailândia), onde há inúmeras opções de vôos direto, distante apenas 1 hora, com preços irrisórios.

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Aeroporto Internacional de Luang Prabang (Foto: Soraya Resende)

Roteiro:
O ideal é combinar a visita ao Laos com outros países da Indochina. Tailândia, Vietnã, Camboja ou Myanmar, vai muito bem.

Documentação:
É necessário portar o comprovante internacional da vacina contra febre amarela além de visto.

Como não há embaixada do Laos no Brasil, para portadores de passaporte brasileiro (e várias outras nacionalidades também), o visto do país pode ser providenciado no aeroporto no momento da chegada, na própria imigração. É necessário pagar uma taxa de U$ 35 por passaporte, em espécie mesmo, levar 1 foto 5×7 e preencher um formulário simples. Ahh, é necessário ter pelo menos 1 página livre no passaporte para a concessão do visto. Tudo muito simples e rápido.

Melhor período do ano para viajar:
Para quem pretende viajar para o Laos, como para praticamente todos os países da Indochina, precisa observar COM ATENÇÃO o período chamado Monções Asiáticas (ventos sazonais que estão diretamente ligados à estação chuvosa).

Considere como melhor período para a viagem, entre novembro a abril, período com menos chuvas. De fevereiro a maio é o período mais quente do ano, com temperatura podendo chegar a quase 40 graus.

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Um povo feliz por natureza! (Foto: Soraya Resende)

Religião e Costumes:
A religião predominante no Laos é o Budismo, praticado por mais de 90% da população. A imagem de Buda está sempre presente e merece ser respeitada. Para praticantes de outras religiões, não há qualquer tipo de discriminação.

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A religião Budista, predominante no Laos (Foto: Soraya Resende)

Dinheiro oficial:
A moeda oficial no Laos é o Lao Kip (LAK), popularmente como apenas Kip. Para se ter uma idéia de valor, U$ 1,00 é correspondente a aproximadamente 7.500 Kips.

O Laos é um país com um baixo custo no que se diz respeito a alimentação e a despesas básicas de uma viagem como pegar um tuk-tuk-taxi, visitas a atrações turísticas, ou até mesmo compras de souvenirs. Na verdade, todos os países da Indochina, a exemplo do Camboja, Tailândia e Vietnã, são de baixos custos.

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O tuk-tuk-taxi do Laos (Foto: Soraya Resende)

Cartão de crédito é aceito facilmente em hotéis e restaurantes. No Laos há muito mercado informal, barracas de souvenirs, e restaurantes pequenos pelas ruas. Nesses locais haverá sim dificuldade em pagamento com cartão de crédito, portanto, tenha sempre dólar ou kip em espécie. #FicaDica

Não é obrigatório deixar gorjetas, porém em restaurantes, espera-se com grande expectativa receber em torno de 10%. Aos guias e motoristas também é comum deixar uma gorjeta.

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Piscina do Hotel Belmond La Residence (Foto: Soraya Resende)

Segurança:
Apesar do Laos ser um país ainda bastante pobre, não pude identificar qualquer nível de insegurança, muito pelo contrário, na verdade acho que foi um dos países que mais me senti segura viajando.

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Apesar de pobre, um país bem seguro (Foto: Soraya Resende)

Comunicação:
Idioma oficial é o Laociano. O país foi colônia da França, e por isso em algumas locais é possível encontrar a influência francesa. É possível se comunicar em inglês nos hotéis e em restaurantes frequentado por turistas. Nos outros lugares………a mímica resolve muito bem 🙂

Se você não consegue ficar desconectado da internet, uma ótima notícia, a rede Wifi é encontrada facilmente nos hotéis, e em quase todos os restaurantes, sem a necessidade de pagamentos extras 😀

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A influência francesa presente em todo o país (Foto: Soraya Resende)

Culinária:
A culinária laociana é composta sobretudo de cozidos e grelhados. Legumes e verduras são essenciais, além de muitos ingredientes com fragrância, como menta, manjericão, coentro, tamarindo, capim-limão e alho. Ao contrário da Tailândia, não há uso de temperos picantes nem de óleo de côco nas receitas. Agora o que há de mais tradicional no Laos é o Sticky Rice, um tipo de arroz grudento, sempre servido como entrada para as refeições. Confesso que ADOREI!

No post seguindo, dou várias sugestões de visitas a encantadora cidade de Luang Prabang.

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No restaurante Tamarind, em Luang Prabang (Foto: Garçom do restaurante)

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Leia também outros post relacionados ao destino:
Entendendo o Camboja
Ho Chi Minh City (Saigon), Vietnã
Hanói, visitando a capital do Vietnã
Bangkok, o que fazer na capital da Tailândia
Taj Exotica Resort & Spa, Ilhas Maldivas 

Texto e Imagens: Soraya Resende  

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E é assim que todo turista fica visitando o Laos! (Foto: algum turista por aí…)