Marrakech Fora da Medina

24 de abril de 2015

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Período viajado: Fevereiro/2015

Continuando nossa visita a cidade de Marrakech, nesse post vou falar um pouco sobre os atrativos da cidade, no lado de fora da Medina.

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Na parte de fora da Medina, o que visitar:
Começamos nosso dia dispostos a aproveitar um pouco mais de Marrakech, mas dessa vez, saindo da muralha, dos limites da Medina. Resolvemos então ir até a praça Jemaa el Fna, e contratar uma charrete para nos levar para passear. As distâncias dentro da cidade são curtas, facilitando bastante o transporte. Para vocês terem uma ideia, pagamos 180 dirhans por um passeio de charrete, até o Jardim Majorelle . A charrete nos esperou por 1 hora, e depois nos levou até ao bairro de Guéliz. Lembre que em Marrocos é preciso negociar muitooooo, e com o passeio de charrete não foi diferente até chegarmos a este preço.

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Entrada do Jardim Majorelle (Foto: Soraya Resende)
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Jardim Majorelle (Foto: Soraya Resende)

Jardim Majorelle:
Um ponto verde, no meio da “Cidade Vermelha”. O sereno Jardim de Majorelle é um lugar para ser visitado obrigatoriamente pelos turistas que passam pela cidade, é um refugio no meio da turbulenta Marrakech.

O local é repleto de plantas, com exemplares dos cinco continentes, e com uma grande ênfase aos cactos.

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Memorial Yves Saint Laurent (Foto: Soraya Resende)   
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Jardim Majorelle (Foto: Soraya Resende)

Era aqui que o famoso estilista francês, Yves Saint Laurent, dizia que encontrava uma fonte inesgotável de inspiração, e que em 2008, após a sua morte, teve suas cinzas espalhadas pelo jardim. No local foi criado o Memorial Yves Saint Laurent.

Dentro do Jardim, também está localizado o Museu Berbere, mostrando mais da cultura Berbere, inclusive com várias peças da coleção pessoal do próprio YSL e do seu companheiro Bergé.

Uma dica legal, é almoçar, ou pelo menos tomar um chá de menta marroquino, no charmoso Café Bousafsaf, no meio do jardim, e ao lado do Museu.

  • Aberto diariamente. De outubro a abril, das 8h às 17:30. De maio a setembro, das 8h às 18h, e no mês do Ramadã, das 9h às 17h.
  • Valor: 50 dirhams para visita ao jardim. Extra de 25 dirhams para visitar também o Museu Berbere. Crianças até 9 anos, não pagam.

Após nossa visita ao Jardim Majorelle, seguimos para o Bairro de Guéliz, ainda de charrete.

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No Jardim Majorelle (Foto: Soraya Resende)

No Bairro Guéliz:
Esse é a parte mais moderna da cidade, com vários hotéis de luxo, restaurantes grifados, baladas e shoppings. Uma região mais cosmopolita, mas mantendo as características da cultura marroquina, um reflexo do bem marcante do Marrocos de ontem e o Marrocos caminhando para uma amanhã.

Muitos falam que trata-se de um bairro super luxo. Esqueça esse conceito. É apenas um bairro mais moderno que a região da Medina, em estilo mais Europeu, e que particularmente recomendo que seja conhecido sim, mesmo que seja só pelo período de uma refeição.

Tenha como referencia a Avenida Mohammed V, na altura da “La Poste”, Correios local, principal ponto da região. É lá que você encontrará o primeiro e único Mc Donald’s de Marrakech e também uma grande loja da marca Zara. É lá também que fica o Marrakech Plaza, um shopping aberto, com lojas, academia e prédios residenciais.

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No Bairro Guéliz (Foto: Soraya Resende)

Um pouco mais na frente, na mesma avenida, está o Carre Eden Mall, o maior e mais exclusivo shopping da cidade. Franquias da Starbucks, Nespresso, H&M, Lacoste e Adidas estão por aqui. Não espere encontrar o maior e melhor shopping do mundo. É ideal para quem quer fugir um pouco do comercio informal da Medina, e comprar produtos com preços tabelados, o que não acontece nos Souks. Na entrada do shopping, ainda pelo lado de fora está o La Table du Marché, uma ótima opção para um café ou até mesmo para o almoço.

Para vocês terem uma noção de preço, após nosso passeio no bairro, pagamos em um taxi desde o bairro, até a Praça Jemaa El-Fna o valor de 50 dirhams, mas lógico novamente com muito choro.

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Carre Eden Mall (Foto: Soraya Resende)   
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No Bairro Guéliz (Foto: Ingrid Resende)

Outros passeios sugeridos em Marrakech:

Visitar a cidade de Essaouira – Esse é um bate-volta clássico, e super comum com saídas diárias de Marrakech. Várias agências de turismo da região oferecem essa opção de passeio. Se preferir, o trajeto poderá ser feito também de trem. A cidade, popularmente conhecida como reduto hippie dos anos 60/70, mantém uma atmosfera relaxante a beira mar, com um branco inconfundível das suas muralhas. O destino é o predileto dos amantes do surf e Wind-surf. Distante apenas 170km de Marrakech.

Passeio de Camelo pelo deserto – Essa é uma aventura imperdível, principalmente para quem nunca passou por um deserto ou andou de camelo. Existem várias opções, desde um rápido passeio de camelo, até mesmo pernoitar no deserto, em tendas das mais simples as mais luxuosas. Escolha a opção que mais combina com o seu perfil.

Um pouco mais das minhas impressões do país

  1. Em Marrocos, quase nenhum taxi possui taxímetro, portanto uma dica legal é combinar antecipadamente o valor do percurso. Os Marroquinos exageram no valor, SEMPRE. Portanto negocie muitooooo!
  2. Sobre o trânsito na cidade, esqueça TUDO que você aprendeu nas aulas de direção no Brasil, não terá utilidade alguma em Marrocos. Não há regra, tudo é liberado. É gente, misturado com carro, com charretes, e inúmeras motos percorrendo ruelas de 2 metros de largura na Medina, em velocidades de circuito de corrida, uma loucura. Placas de trânsito, não existem. Semáforos para quê?? Guarda de trânsito? Apenas para abrir caminho para alguma autoridade passar pelo meio da multidão. É preciso muita coragem para dirigir em Marrocos, principalmente dentro da Medina. Portanto, é preciso muita coragem para alugar um carro no país. Nada recomendado!
  3. Demorou um pouco até me sentir confortável em sair da Riad, e não ter a impressão que seria roubada a qualquer momento. Não é comum o crime ou roubos desse tipo em Marrocos. Lógico que não se pode “vacilar” e andar na rua com milhões de joias ou bolsa aberta, dando bobeira!!! A recomendação é a mesma para qualquer turista no mundo, procurar andar em grupos, evitar ruas escuras, não sair com objetos de valor e dar preferência a bolsas fechadas e traspassadas pelo corpo, são mais seguras e práticas.
Souk Marrakech
Na Medina (Foto: Soraya Resende)
Marrakech
Na Medina (Foto: Soraya Resende)

Finalizando:
Nunca me senti, como turista, tão explorada em um país. Os marroquinos fazem de tudo para extorquir o dinheiro do turista. Seja nas compras, cobrando valores inaceitáveis até mesmo em países de primeiro mundo, te obrigando a barganhar exaustivamente na simples compra de um prato souvenir, reduzindo entre o preço cobrado, até ao preço pago, em muitos casos até 5 vezes da pedida inicial do vendedor, seja na insistência por gorjetas e mais gorjetas, seja em restaurantes, cobrando valores abusivos em alguma entrada, que apesar de não ter sido solicitada, mas que foi aceita na mesa. O conselho que dou é, em todo o tempo, muito CUIDADO! Perguntar preço sempre e não aceitar nunca a pedida inicial.

Não venha me dizer que pais muçulmano é assim mesmo……. é da cultura negociar. Nada disso! Já visitei vários países com cultura muçulmana, e apesar de sempre negociar em compras mais significativas, não há a insistência desagradável por parte dos vendedores, e a nossa sensação de estar sempre sendo roubados 🙁

Por esses motivos, é uma tarefa difícil em Marrocos o turista não se estressar com os marroquinos. E coloca difícil nisso!

Souk Marrakech
Na Medina (Foto: Soraya Resende)

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Imagens e Textos: Soraya Resende

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Eu e ela no Selfie!!! (Foto: Soraya Resende)